quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A FIGUEIRA SEM FIGOS



TEXTO BASE: Lucas 13.6-9
Então Jesus contou esta parábola: – Certo homem tinha uma figueira na sua plantação de uvas. E, quando foi procurar figos, não encontrou nenhum.
Aí disse ao homem que tomava conta da plantação: “Olhe! Já faz três anos seguidos que venho buscar figos nesta figueira e não encontro nenhum. Corte esta figueira! Por que deixá-la continuar tirando a força da terra sem produzir nada?”
Mas o empregado respondeu: “Patrão, deixe a figueira ficar mais este ano. Eu vou afofar a terra em volta dela e pôr bastante adubo.
Se no ano que vem ela der figos, muito bem. Se não der, então mande cortá-la.”

A figueira era uma árvore de grande valor em Israel. Era considerada como um símbolo de fartura e de esperança futura. Era comum ter uma figueira plantada em casa.
A lei mosaica ensinava que toda arvore plantada pelo povo teria seus frutos proibidos ao consumo nos 3 primeiros anos. No 4º ano, os frutos seriam consagrados a Deus e apresentados como oferta. Somente no 5º ano os frutos poderiam ser consumidos pelo povo. (Lv 19.23-25)
O prazo de 3 anos já havia se cumprido e aquela arvore não tinha dado sequer um fruto, para indignação do dono. Ele refletiu sobre o seu prejuízo, afinal, aquela figueira estava ocupando inutilmente a terra que poderia ser usada para ampliar sua plantação de vinha.
Por isso, a ordem dada ao empregado foi que cortasse a figueira. O empregado contestou, disse que cuidaria dela, a fim de que pudesse produzir. Se ao fim do próximo ano a figueira não produzisse fruto algum, então seria cortada.

PERGUNTA: O que Jesus queria ensinar com essa parábola?
O ensino central dessa parábola é que Deus trata os homens com paciência, mas o tempo de misericórdia tem limite.

Podemos apontar 4 lições nesta parábola:
1) A paciência de Deus tem limite:
As pessoas não querem ouvir que a paciência de Deus tem limite. Ao contrário, querem ouvir que Deus é amor, que Deus se importa com os seus problemas financeiros, emocionais, etc.
As pessoas precisam ouvir que o 4º ano está chegando, ou seja, o tempo da nova oportunidade está no fim.
Precisamos nos arrepender dos pecados, Deus irá executar sua justiça, mas Ele deseja que o pecador se arrependa antes.
Cabe aos cristãos, que já passaram pela experiência do arrependimento, expressar em alto e bom som essas palavras.
No passado Deus não levou em conta essa ignorância. Mas agora ele manda que todas as pessoas, em todos os lugares, se arrependam dos seus pecados. Pois ele marcou o dia em que vai julgar o mundo com justiça, por meio de um homem que escolheu. E deu prova disso a todos quando ressuscitou esse homem. (Atos 17.30-31)
2) Cuidado com a reviravolta de Deus:
Não podemos ser cristãos acomodados. Toda vez que dizemos que algo é difícil e por causa da dificuldade deixamos de fazer o que deveríamos (exemplo: evangelizar é difícil, amar o próximo é difícil, etc.), estamos desvalorizando a salvação concedida por Deus.
Nossa vida enquanto cristão deve produzir frutos como resposta à graça de Deus. Hoje é o tempo da oportunidade. A figueira ainda tem tempo para dar frutos.

3) Jesus se frustra quando percebe uma pessoa infrutífera:
Aquela figueira estava estrategicamente bem colocada. Estava em condições mais propícias para dar frutos do que uma figueira plantada no deserto, por exemplo.
O dono da figueira ia procurar fruto nela ano após ano com o coração cheio de expectativas. E imaginem como o seu coração se frustrara mais uma vez.
Não é diferente conosco quando Jesus vai até nós para sondar quais os nossos frutos e frustrado percebe que não temos fruto algum.
Quando falamos em frutos que Jesus quer ver em nós, imaginamos que estão associados ao que fazemos, mas não é, os frutos que deveríamos produzir estão associados ao nosso ser:
a) Testemunho cristão: O modo como nos mostramos na sociedade em que vivemos. Como somos vistos pelas pessoas.
b) Vida devocional saudável: Nossa devoção particular é fator importante no nosso crescimento cristão.
c) Amor à igreja: O nodo como nos envolvemos nos projetos da igreja.

4) Ainda há quem interceda pelas pessoas infrutíferas:
O empregado teve compaixão da figueira e rogou pela vida dela (vers. 8)
Quantas vezes nós já nos sentimos derrotados e de repente Deus coloca em nosso caminho pessoas para nos ajudar?
Eu creio que esta frase: “deixa este ano” tem a ver com: ainda temos jeito e há um limite para nossa recuperação.
Não perca tempo, sofrendo essa vida de pecado. Se arrependa agora e seja feliz ao lado do único que quer sempre o seu bem: JESUS!

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